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sábado, 22 de outubro de 2011
Super-Maratona das Partículas Elementares - Parte 5
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Super-Maratona das Partículas Elementares - Parte 4
Neutrinos - Parte 3
Cientista brasileiro comenta sobre os neutrinos
O cientista brasileiro Luiz Vitor de Souza Filho, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e pesquisador na área de astrofísica de partículas, comenta os indícios de que partículas poderiam viajar mais rapidamente do que a luz.
No princípio era Einstein
No século XX, as teorias de Albert Einstein levaram à afirmação de que nenhum corpo ou partícula de nosso conhecimento poderia atingir velocidade maior do que a da luz.
No século XXI, uma nova descoberta poderá revolucionar todas as teorias que deram vida à física moderna e que colocaram em evidência o mais famoso físico de todos os tempos.
Rota de aviões, GPS, computadores. A existência e, principalmente, o funcionamento perfeito de todos esses equipamentos só é possível graças a Teoria da Relatividade, através da qual se deduz a mais famosa equação da física moderna: E=mc2.
A famosa fórmula, criada por Albert Einstein, um dos cientistas mais notórios do mundo, corre o risco de ser reformulada e os responsáveis por isso podem ser seus vizinhos europeus.
No subterrâneo Laboratori Nazionali Del Gran Sasso, localizado na Itália, um experimento pode alterar, significativamente, toda teoria formulada pelo físico alemão: a de que a velocidade da luz, no vácuo (exatos 299.792.458 metros por segundo), pode ser superada pela velocidade de uma partícula que recebeu o nome de neutrino.
"A proposta da existência dessa partícula é antiga [desde a década de 60], mas só na década de 80 é que foram feitas as primeiras medidas, comprovando sua existência", esclarece Vitor.
Agora é o CERN
O famoso Laboratório Europeu de Física de Partículas, mais conhecido por CERN (Conseil Européen pour La Recherche Nucléaire), é um dos locais onde prótons - partícula elementar do átomo - são produzidos, graças a um acelerador de partículas instalado no laboratório.
A famosa ferramenta envia os prótons por canais subterrâneos, onde estes, por sua vez, ao colidirem com alvos, propositalmente colocados no caminho, irão gerar novas partículas, entre elas o neutrino.
Mas, diferentemente de sua ancestral ou de suas irmãs, o neutrino praticamente não interage com a matéria, passando por esses alvos como se eles não existissem.
"Depois de mais ou menos um quilômetro que o próton é gerado no acelerador, forma-se um feixe de neutrinos. Esse feixe está apontado na direção de alvos construídos no Gran Sasso. Ou seja, o feixe de neutrinos passa por baixo da terra, fazendo um caminho reto, sem se desviar,", elucida Vitor.
Nesse momento, os cientistas italianos já estão preparados, esperando. Para conseguir medir a velocidade dos neutrinos, que chegam no feixe de luz originado no CERN, alvos de chumbo foram montados no laboratório italiano, seguidos por detectores de velocidade.
"Esse feixe vem do CERN com milhões de neutrinos e, a maioria, irá enfrentar os alvos de chumbo. Aqueles que não conseguirem atravessar esses alvos irão colidir com os mesmos, dando a brecha necessária para os detectores, posicionados logo em seguida, medirem o momento da sua chegada."
Velocidade maior do que a da luz
Parece coisa de outro mundo, mas, exceto pelos sofisticadíssimos aparelhos de medição, a técnica é simples e mais comum do que pensamos. "É como medir a velocidade de um carro. Mede-se a distância percorrida pelo carro em um intervalo de tempo. A divisão da distância pelo tempo gasto é a velocidade", compara Vitor.
Ao conseguirem, finalmente, medir a velocidade do neutrino, os cientistas perceberam que a partícula tinha uma velocidade maior do que a da luz, mesmo que a diferença fosse de meros 60 nanossegundos (10-9 segundos).
Sendo assim, a afirmação, até então, irrefutável de Einstein abre espaço para novas teorias, fórmulas físicas e, sobretudo, novas maneiras de pensar sobre tudo que estamos acostumados a lidar, há mais de cem anos.
Os equipamentos para se chegar a essa medida abrigam tecnologia e precisão surpreendentes. "Para fazer essa medição, GPS e relógio atômico foram alguns dos instrumentos utilizados pelos cientistas, e eles garantem uma precisão de tempo com margem de erro de, no máximo, dois nanossegundos. Já no quesito distância, para os feixes atravessarem a terra, em linha reta, a margem de erro seria de, no máximo, 20 centímetros", explica Vitor.
Continua...
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IceCube - Observatório nas profundezas da Antártida
Depois de 10 anos de planejamento, testes de equipamentos e construção, está terminado o Observatório de Neutrinos IceCube.
Localizado nas profundezas do Pólo Sul, o observatório foi construído para estudar especialmente os neutrinos de alta energia que atravessam a Terra, fornecendo informações sobre eventos cósmicos distantes como supernovas e buracos negros.
A diferença do IceCube em relação aos telescópios espaciais é que em vez de uma gigantesca lente, ou de alguma espécie de antena dirigida para os céus, o observatório IceCube é formado por longas cordas, cada uma contendo 60 sensores ópticos, mergulhados em furos que atingem até 2,5 km de profundidade no gelo eterno da Antártida.
Foram perfurados 86 buracos, que agora contêm 5.160 sensores ópticos, cobrindo um quilômetro cúbico nas proximidades da Estação Amundsen-Scott, no Pólo Sul.
Nas profundezas geladas, escuras e silenciosas do gelo antártico, os sensores do IceCube foram projetados para captar os minúsculos flashes produzidos quando os neutrinos chocam-se com os núcleos atômicos das moléculas de água do gelo.
As cordas com os sensores foram colocadas em profundidades que variam entre 1.450 e 2.450 metros, onde o gelo é absolutamente escuro, já que não recebe nenhuma luz, mas é opticamente ultratransparente.
Origem dos neutrinos
Os cientistas acreditam que alguns neutrinos vêm do Sol, enquanto outros vêm de raios cósmicos que interagem com a atmosfera da Terra ou de fontes astronômicas, como a explosão de estrelas na Via Láctea e em galáxias distantes.
Trilhões de neutrinos atravessam o corpo humano a cada segundo, mas eles raramente interagem com a matéria normal. É por isso que o tamanho do observatório é tão importante: é necessário aumentar muito a possibilidade de colisões para que apenas algumas delas sejam detectadas pelos sensores.
Além das 86 cordas, cada uma com seus 60 sensores mergulhados no gelo, há quatro sensores na superfície para cada uma das cordas.
Trilhões de neutrinos atravessam o corpo humano a cada segundo, mas eles raramente interagem com a matéria normal.
Furadeira de água quente
A construção do IceCube exigiu a idealização de uma furadeira especial, à base de água quente, que é capaz de penetrar mais de dois quilômetros de profundidade no gelo em apenas dois dias, fazendo um buraco perfeito e absolutamente limpo.
O equipamento, que consome 4,8 megawatts, foi projetado e construído por engenheiros da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, que lidera o projeto.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Super-Maratona das Partículas Elementares - Parte 3
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terça-feira, 18 de outubro de 2011
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Super-Maratona das Partículas Elementares - Parte 1
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sábado, 15 de outubro de 2011
7 Coisas Surpreedentes Sobre o Universo
sugere que logo após o Big Bang, o espaço-tempo expandiu-se a taxas diferentes e em lugares diferentes.