terça-feira, 11 de outubro de 2011

Prêmio Nobel de Física 2011 vai para aceleração da expansão do Universo


O Prêmio Nobel de Física de 2011 foi concedido a Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, todos norte-americanos, pelos trabalhos que demonstram a aceleração da expansão do Universo.

Primeiro Einstein e muitos outros acharam que o Universo era estático. Depois Edwin Hubble descobriu que ele estava se expandindo. Vieram então os três e afirmaram que o Universo não apenas está se expandindo, mas que essa expansão está aumentando de velocidade.
Se o Universo continuar nesse ritmo de expansão acelerada, um dia, em um futuro muito distante, todos os corpos celestes estarão tão longes uns dos outros que não haverá mais acúmulo de material capaz de formar estrelas.
Então, as estrelas que existem morrerão e o Universo finalmente acabará frio.
A descoberta foi feita em 1998 por dois grupos, o primeiro chefiado por Saul Perlmutter e o segundo chefiado por Brian Schmidt - o Comitê do Nobel afirmou que Adam Riess "desempenhou um papel crucial" no trabalho deste segundo grupo.
Os três cientistas estudaram dezenas de supernovas, estrelas de grande massa que explodem no final de suas vidas.
Eles observaram um tipo particular desses fenômenos, chamados supernova Ia, uma explosão de uma velha estrela muito compacta, do tamanho da Terra, mas tão pesada quanto o Sol. Uma explosão dessas pode emitir tanta luz quanto uma galáxia inteira.
O trio encontrou 50 supernovas distantes cuja luz era mais fraca do que previam as vigentes teorias da expansão do Universo, sendo este o sinal de que a expansão do Universo estaria acelerando.
Para explicar essa aceleração foi levantada a hipótese de uma forma de energia ainda desconhecida, que impulsiona cada vez mais a expansão do Universo.
Essa forma de energia foi chamada de energia escura - até hoje os cientistas não conseguiram uma explicação para o que ela seria, mas calculam que a energia escura funciona como uma espécie de "antigravidade", mais do que contrabalançando o efeito da gravidade da matéria comum (bariônica) e da matéria escura.
A matéria escura, por sua vez, outra entidade igualmente desconhecida, é necessária para explicar porque as galáxias mantêm-se coesas, não arremessando suas estrelas espaço afora, mesmo girando à alta velocidade que giram.
Uma crítica levantada à premiação é o fato de que não foram apenas os três premiados que fizeram as descobertas, pois cada uma das equipes tinha cerca de 20 cientistas. Mas a Fundação Nobel não dá o prêmio para equipes, preferindo reconhecer apenas o trabalho do líder da equipe em questão.

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