segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nasa descobre planeta que pode ser habitável



O Kepler 22-b tem 2,4 vezes o tamanho da Terra e está situado a 600 anos luz de distância. A temperatura média da superfície é de 22º C.
Ainda não se sabe a composição do Kepler 22-b, se é feito de rochas, gás ou líquido. O planeta já é chamado de “Terra 2.0” pelos cientistas da Nasa.
Durante a coletiva de imprensa, em Moffet Field, na Califórnia, a astrônoma Natalie Batalha disse que os cientistas ainda investigam a possibilidade de existência de mais 1.094 planetas, alguns deles em zonas "habitáveis".

Descoberta

A descoberta do novo planeta foi feita a partir das imagens do telescópio espacial Kepler, projetado para observar uma faixa fixa do céu noturno que compreende até 150 mil estrelas.
O telescópio é sensível o suficiente para ver quando um planeta passa na frente da estrela em torno da qual gira, escurecendo parte da luz da estrela.
As sombras são então investigadas a partir da imagem de outros telescópios até que a Nasa confirme se tratam-se ou não de novos planetas.
O Kepler 22-b foi um dos 54 casos apontados pela Nasa em fevereiro e o primeiro a ser formalmente identificado como um planeta.
Outros planetas habitáveis podem ser anunciados no futuro, já que há outros locais com características potencialmente similares à da Terra.

Água líquida

A distância que separa o Kleper 22-b da estrela ao redor da qual gira é 15% menor que aquela entre a Terra e o Sol.
Apesar de estar mais próximo da estrela, esta emite cerca de 25% menos luz em comparação ao sol, o que permite ao Kleper 22-b manter sua temperatura em um patamar compatível à existência de água líquida, ainda não confirmada.
O Kepler 22-b tem um raio 2,4 vezes maior que o da terra.
Uma outra equipe de cientistas do Seti (busca por inteligência artificial, na sigla em inglês) agora procura indícios de vida no planeta, como confirmou o diretor do instituto, Jill Tarter.
"Assim que encontremos algo diferente, separado, um exemplo independente de vida em outro lugar, vamos saber que isso (vida) é onipresente no universo", disse Tarter.

domingo, 27 de novembro de 2011

OSX-1: O 1º FPSO de Eike Batista


O carioca que passa pelo porto do Rio observa um grande navio novo em folha ancorado na Baía de Guanabara. Não é tão bonito quanto os transatlânticos que começam a chegar à cidade nesta temporada, mas de fato tem o seu próprio brilho. O gigante de 271 metros de comprimento que chama a atenção é o OSX-1, primeira embarcação fabricada pelo estaleiro do grupo EBX, que será responsável pela produção inicial de petróleo da OGX, também do empresário Eike Batista.
A produção deve começar na última semana de dezembro no campo de Waimea, na Bacia de Campos (RJ), segundo Carlos Bellot, diretor da OSX.
O navio custou US$ 610 milhões, cerca de R$ 1 bilhão. É do tipo FPSO - Floating production, storage, and offloading, ou unidade flutuante que produz, armazena e descarrega óleo, também conhecido como navio-plataforma. A capacidade de produção diária é de 60 mil barris de óleo por dia, e a de armazenamento é de 900 mil barris.


A unidade foi montada em Cingapura e viajou por 45 dias para chegar ao Rio, depois de passar 12 meses sendo customizada para operar na Bacia de Campos. Antes de seguir para o campo de Waimea, chegou a ser interditado pelo Ministério do Trabalho, por não atender a normas de segurança para os trabalhadores, mas os problemas serão facilmente superados, segundo executivos da OSX.
Nos primeiros meses, o OSX-1 fará parte de um Teste de Longa Duração (TLD). Durante este período, o navio deve produzir entre 15 e 20 mil barris de óleo por dia. Este período de testes tem o objetivo de dar mais informações sobre as características do campo à empresa.
A unidade fica ancorada por meio do turret, uma peça que leva o óleo do fundo do mar para dentro do navio e também permite que o FPSO seja fixado ao fundo do mar, mas ao mesmo tempo flutue de acordo com os ventos e as correntezas. O óleo passa para o manifold, um conjunto de válvulas que separa o petróleo e o distribui para as unidades de processamento do navio.


Outro módulo da unidade retira o excesso de água e de sal do petróleo. A água é novamente tratada para ser devolvida ao mar sem óleo, ou reinjetada no poço para preencher o espaço deixado pelo óleo – nesse segundo caso, é necessário retirar o sulfato e o oxigênio, para evitar o crescimento de bactérias junto do petróleo que ainda vai ser retirado.
Dentro do navio também é processado o gás retirado junto do petróleo. No caso do campo de Waimea, como a quantidade de gás é pequena, serve apenas para gerar energia elétrica para o funcionamento do próprio navio. Um módulo trata o gás e outro produz eletricidade a partir dele.


O FPSO também tem uma área chamada de casario, onde ficam as áreas de controle, refeitórios, dormitórios, bibliotecas técnicas e áreas de lazer, entre outras, além de um heliponto. Tem capacidade para até 80 pessoas, mas vai trabalhar com 63.


Os funcionários são todos experientes, oriundos de outras empresas de petróleo, especialmente da Petrobras. Para o primeiro navio da frota, a OSX optou por preencher seus quadros apenas com profissionais que já conhecem bem os mares. Mas para as próximas unidades, OSX-2 e OSX-3, que deverão ser entregues em 2013, a empresa buscará também profissionais sem experiência no mercado. A seleção começa em janeiro do ano que vem.

sábado, 26 de novembro de 2011

Sonda Curiosity é lançada hoje rumo à Marte


Assista ao vídeo do lançamento: http://www.youtube.com/watch?v=PE5gLbYOZCQ&feature=player_embedded


A agência espacial americana lançou, neste sábado (27), o Laboratório Científico de Marte, veículo mais avançado para estudar o planeta vermelho.

O foguete Atlas 5, construído pela United Launch Alliance decolou da plataforma de lançamento 41 na Estação da Força Aérea na Flórida às das 13h02 (horário de Brasília). O Laboratório Científico de Marte chegará ao planeta vermelho em agosto de 2012, depois de uma viagem de 9,65 milhões de quilômetros nos próximos oito meses e meio, e pousará na cratera Gale de Marte. Onde vai analisar o planeta por dois anos.
Dois minutos depois da sua partida, em um dia nublado no Cabo Canaveral, e quando o projétil alcançava 7.778 km/h, se desprendeu o primeiro segmento do foguete propulsor. Depois que se desprendeu o segundo segmento, a cápsula que contém a sonda "Curiosity" disparou a mais de 24.000 km/h para sua travessia de 9,65 milhões de quilômetros nos próximos oito meses e meio com destino à cratera Gale.
"Estamos muito animados em lançar o mais avançado laboratório científico para Marte", disse o administrador da Nasa, Charles Bolden. "Ele nos dará informações cruciais sobre Marte. Enquanto avançamos em conhecimento científico, vamos nos preparando para missões tripuladas para o planeta vermelho e para lugares que nunca estivemos antes", concluiu.
Também chamado de Curiosity, o jipe-robô custou 2,5 bilhões de dólares e vai buscar elementos essenciais para a vida, especialmente as substâncias orgânicas. O equipamento, projetado para durar dois anos, possui 17 câmeras e 10 instrumentos científicos, incluindo laboratórios químicos para identificar os elementos em amostras de solo e rocha a serem escavadas pelo braço robótico da sonda de perfuração.
O Curiosity vai pousar na cratera Gale, que tem 154 quilômetros de diâmetro.O local é considerado interessante para estudo, pois dentro dela há uma montanha com depósitos em camadas, erguendo-se a 4.800 metros - o dobro da altura das camadas que formam o Grand Canyon, nos EUA.
A base da cratera possui argila, evidência de um ambiente úmido prolongado, disse o cientista planetário John Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da Califórnia e cientista-líder da missão principal. A água é considerada um elemento chave para a vida, mas não o único. Sondas marcianas anteriores apenas procuraram sinais de água na superfície.
Já com a "Curiosity", a Nasa muda seu foco para procurar outros ingredientes para a vida, incluindo o carbono.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Lançamento da Sonda Curiosity será amanhã


Adiado em um dia o
lançamento do maior jipe-robô já enviado ao espaço pela NASA. O lançamento será amanhã dia 26 de novembro, ás 13h02 (horário de Brasília), no Cabo Canaveral, na Flórida.

Denominado de Curiosity, o jipe-robô avaliado em US$ 2,5 bilhões, é equipado com câmeras de vídeo e um kit móvel de ferramentas para analisar o solo e as rochas de Marte. Além de tudo isso, o Curiosity possui seis rodas, câmeras que simulam a rotação dos olhos, um laboratório embutido, brocas e feixes de laser.

Em sua missão no planeta vermelho, o jipe-robô explorará a Cratera Gale, como já havíamos informado aqui neste site, onde se concentrar uma enorme variedade de solos e uma pequena montanha que irá oferecer a Curiosity uma oportunidade de escalar e assim analisar amostras de solo em diferentes altitudes.

A viagem da Curiosity será de 570 milhões de quilômetros entre a Terra e Marte, percurso esse que levará cerca de oito meses e meio para ser percorrido, antes de sua chegada ao planeta vermelho que será no mês de agosto de 2012. Mas com tudo isso, a principal missão do jipe-robô será a verificação de existência de vida em Marte.

 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Como fazer Pós-Graduação Gratuita, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado

Quem já é graduado em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC tem o direito de fazer uma Pós-graduação.

 

Você pode fazer dois tipos de pós-graduação grátis:

·                     lato sensu: Eles tem objetivo de aprimorar você profissionalmente em especializações e atualizações. A nomenclatura comum utilizada é a sigla em inglês MBA (Master Business Administration, ou Mestre em Administração de Negócios, em tradução livre). Apesar do nome ele não é considerado como um mestrado, como nos EUA.

·                     stricto sensu: Este sim é o mestrado e doutorado, com objetivo de formar pesquisadores e professores universitários. A meta principal deste tipo de pós-graduação é o incentivo ao desenvolvimento científico.

 

Há vários caminhos para você conseguir concretizar a sua pós graduação gratuita:

 

1. CAPES

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior é um braço governamental da pós graduação gratuita exclusivamente stricto sensu. Pela CAPES você pode conseguir bolsas de estudos para desenvolver pesquisas e fazer mestrado e doutorado. As bolsas de estudos da CAPES para mestrado partem dos R$ 1.400 ao mês, para doutorado R$ 1.800 e para pós-doutorado R$ 3.200. Para mais informações veja aqui.

 

2. CNPq

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico também é uma via do governo para o desenvolvimento do conhecimento científico. As bolsas de estudo CNPq para a sua pós graduação grátis tem valores parecidos com os da CAPES, mas para doutorado e pós-doutorado incluem uma taxa de bancada de R$ 400 por mês. Este dinheiro pode ser utilizado para adquirir livros e viajar para congressos. Veja detalhes aqui.

 

3. FINEP

A Financiadora de Estudos e Projetos, FINEP, fomenta o desenvolvimento tecnológico, científico e empresarial e realiza o financiamento para tanto para instituições quanto para estudantes em diversas modalidades permitindo a realização de pós graduação gratuita. Saiba mais aqui.

 

4. Fapesp

AFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo tem propósitos parecidos com os das instituições acima, mas também possibilita a realização da pós graduação grátis de maneiras distintas, mas limitado ao estado de São Paulo. Para mais detalhes visite aqui.

 

5. Mais Estudo

É uma empresa privada que fornece bolsas de estudos parciais. Não permite pós graduação gratis, mas financiam parte dos estudos. Com parceirias realizadas com faculdades e universidades particulares a Mais Estudo completa as vagas ociosas nos bancos das universidades ampliando a receita da instituição e diminuindo o custo para o aluno. Veja aqui.

 

6. Bancos

A grande maioria dos bancos tem programas de financiamento estudantil. Eles pagam parte ou toda a sua pós-graduação e você devolve o dinheiro com juros quando já estiver exercendo a profissão, depois de formado, com juros.

O nosso propósito foi enumerar as principais vias de acesso a uma pós graduação gratuita, mas certamente há outras instituições que fomentam o desenvolvimento dos estudos que poderiam te ajudar caso esteja procurando se especializar e atualizar.

 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Nasa diz que corte no orçamento pode atrasar viagens à ISS até 2017

O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, disse que um corte no orçamento poderia atrasar as viagens operadas por empresas privadas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) até 2017.

Perante o iminente anúncio de cortes nas agências federais pelo elevado déficit público dos Estados Unidos, Bolden destacou em uma subcomissão do Senado que um financiamento insuficiente do programa de naves espaciais comerciais poderia atrasar o início dos voos.

Desde que a Nasa aposentou seus ônibus espaciais no último mês de julho, os EUA não contam com uma nave própria para suas viagens à ISS, um laboratório internacional do qual participam cinco agências espaciais que representam 16 países. Agora são as naves russas Soyuz, com menor capacidade, as que transportam os astronautas e os EUA têm que pagar por um lugar a bordo.

O plano é que as empresas privadas construam as naves para transportar os astronautas americanos à ISS, enquanto a Nasa se concentra em desenvolver um veículo que permita viagens além da órbita terrestre baixa.

Por isso reduzir os fundos poderia afetar "significativamente" o calendário do programa e a estratégia de aquisição, ressaltou Bolden, garantindo que um nível de despesas de US$ 500 milhões anuais para o programa, como o previsto para o ano fiscal de 2012, "atrasaria a capacidade inicial à ISS até 2017".

De fato, segundo lembra o jornal Flórida Today, este ano só foram aprovados US$ 406 milhões para este programa, enquanto a Nasa havia solicitado US$ 850 milhões.

Bolden lembrou que a Nasa está trabalhando na "nova geração" do sistema de voo espacial tripulado com o desenvolvimento da cápsula Orion e do Sistema de Lançamento Espacial, que permitirá aos astronautas viajar além da órbita terrestre "pela primeira vez desde a missão lunar da Apolo 17 de dezembro de 1972".

A Nasa prevê realizar uma prova de voo não-tripulado com a Orion e o SLS em 2017, e prevê que a primeira missão tripulada aconteça em 2021.

 

Poderoso raio-X vai monitorar o centro da Terra

 

Ao longo do tempo, a ciência já aprendeu muito sobre terremotos, campo magnético e outros fenômenos que têm origem nas camadas mais baixas do planeta. Mas o centro da Terra, em muitos aspectos, ainda é um mistério para os pesquisadores. Em busca de novas descobertas, uma entidade europeia criou um potente equipamento para sondar o que há muito abaixo de nós.

Os métodos mais eficientes para estudar o centro da Terra, até hoje, são simulações feitas em laboratório. É dessa maneira que os cientistas tentam recriar o modo como os metais se comportam no núcleo do planeta. Mas a Instalação Europeia de Radiação Sincrotônica (ESRF, na sigla em inglês) resolveu ir mais a fundo nessa questão.

Na última semana, foi inaugurado o ID24. Trata-se de um poderoso aparato de raio-X que custou 245 milhões de dólares (cerca de 433 milhões de reais, na conversão atual) aos cofres da instituição. O objetivo do ID 24 é sondar, a partir de oscilações eletromagnéticas no núcleo da Terra, como os metais interagem sob as condições de temperatura e pressão encontradas lá.

A radiação permite que os cientistas cheguem a respostas mais precisas. Basta observar o modo com os raios-x são absorvidos por diferentes matérias para fazer um detalhado mapeamento do que há em determinada região. Cada átomo “capturado” pela radiação do ID24 permitirá uma simulação mais avançada do que as que acontecem em laboratórios na superfície.

A partir de 2.400 quilômetros abaixo da superfície terrestre (distância que o ID24 alcançará com facilidade), as condições de fusão de determinados metais já são desconhecidas pelos cientistas. Uma maior compreensão desses processos, conforme explicam os pesquisadores, aumentará nosso conhecimento sobre o magnetismo no planeta.