domingo, 27 de novembro de 2011

OSX-1: O 1º FPSO de Eike Batista


O carioca que passa pelo porto do Rio observa um grande navio novo em folha ancorado na Baía de Guanabara. Não é tão bonito quanto os transatlânticos que começam a chegar à cidade nesta temporada, mas de fato tem o seu próprio brilho. O gigante de 271 metros de comprimento que chama a atenção é o OSX-1, primeira embarcação fabricada pelo estaleiro do grupo EBX, que será responsável pela produção inicial de petróleo da OGX, também do empresário Eike Batista.
A produção deve começar na última semana de dezembro no campo de Waimea, na Bacia de Campos (RJ), segundo Carlos Bellot, diretor da OSX.
O navio custou US$ 610 milhões, cerca de R$ 1 bilhão. É do tipo FPSO - Floating production, storage, and offloading, ou unidade flutuante que produz, armazena e descarrega óleo, também conhecido como navio-plataforma. A capacidade de produção diária é de 60 mil barris de óleo por dia, e a de armazenamento é de 900 mil barris.


A unidade foi montada em Cingapura e viajou por 45 dias para chegar ao Rio, depois de passar 12 meses sendo customizada para operar na Bacia de Campos. Antes de seguir para o campo de Waimea, chegou a ser interditado pelo Ministério do Trabalho, por não atender a normas de segurança para os trabalhadores, mas os problemas serão facilmente superados, segundo executivos da OSX.
Nos primeiros meses, o OSX-1 fará parte de um Teste de Longa Duração (TLD). Durante este período, o navio deve produzir entre 15 e 20 mil barris de óleo por dia. Este período de testes tem o objetivo de dar mais informações sobre as características do campo à empresa.
A unidade fica ancorada por meio do turret, uma peça que leva o óleo do fundo do mar para dentro do navio e também permite que o FPSO seja fixado ao fundo do mar, mas ao mesmo tempo flutue de acordo com os ventos e as correntezas. O óleo passa para o manifold, um conjunto de válvulas que separa o petróleo e o distribui para as unidades de processamento do navio.


Outro módulo da unidade retira o excesso de água e de sal do petróleo. A água é novamente tratada para ser devolvida ao mar sem óleo, ou reinjetada no poço para preencher o espaço deixado pelo óleo – nesse segundo caso, é necessário retirar o sulfato e o oxigênio, para evitar o crescimento de bactérias junto do petróleo que ainda vai ser retirado.
Dentro do navio também é processado o gás retirado junto do petróleo. No caso do campo de Waimea, como a quantidade de gás é pequena, serve apenas para gerar energia elétrica para o funcionamento do próprio navio. Um módulo trata o gás e outro produz eletricidade a partir dele.


O FPSO também tem uma área chamada de casario, onde ficam as áreas de controle, refeitórios, dormitórios, bibliotecas técnicas e áreas de lazer, entre outras, além de um heliponto. Tem capacidade para até 80 pessoas, mas vai trabalhar com 63.


Os funcionários são todos experientes, oriundos de outras empresas de petróleo, especialmente da Petrobras. Para o primeiro navio da frota, a OSX optou por preencher seus quadros apenas com profissionais que já conhecem bem os mares. Mas para as próximas unidades, OSX-2 e OSX-3, que deverão ser entregues em 2013, a empresa buscará também profissionais sem experiência no mercado. A seleção começa em janeiro do ano que vem.

sábado, 26 de novembro de 2011

Sonda Curiosity é lançada hoje rumo à Marte


Assista ao vídeo do lançamento: http://www.youtube.com/watch?v=PE5gLbYOZCQ&feature=player_embedded


A agência espacial americana lançou, neste sábado (27), o Laboratório Científico de Marte, veículo mais avançado para estudar o planeta vermelho.

O foguete Atlas 5, construído pela United Launch Alliance decolou da plataforma de lançamento 41 na Estação da Força Aérea na Flórida às das 13h02 (horário de Brasília). O Laboratório Científico de Marte chegará ao planeta vermelho em agosto de 2012, depois de uma viagem de 9,65 milhões de quilômetros nos próximos oito meses e meio, e pousará na cratera Gale de Marte. Onde vai analisar o planeta por dois anos.
Dois minutos depois da sua partida, em um dia nublado no Cabo Canaveral, e quando o projétil alcançava 7.778 km/h, se desprendeu o primeiro segmento do foguete propulsor. Depois que se desprendeu o segundo segmento, a cápsula que contém a sonda "Curiosity" disparou a mais de 24.000 km/h para sua travessia de 9,65 milhões de quilômetros nos próximos oito meses e meio com destino à cratera Gale.
"Estamos muito animados em lançar o mais avançado laboratório científico para Marte", disse o administrador da Nasa, Charles Bolden. "Ele nos dará informações cruciais sobre Marte. Enquanto avançamos em conhecimento científico, vamos nos preparando para missões tripuladas para o planeta vermelho e para lugares que nunca estivemos antes", concluiu.
Também chamado de Curiosity, o jipe-robô custou 2,5 bilhões de dólares e vai buscar elementos essenciais para a vida, especialmente as substâncias orgânicas. O equipamento, projetado para durar dois anos, possui 17 câmeras e 10 instrumentos científicos, incluindo laboratórios químicos para identificar os elementos em amostras de solo e rocha a serem escavadas pelo braço robótico da sonda de perfuração.
O Curiosity vai pousar na cratera Gale, que tem 154 quilômetros de diâmetro.O local é considerado interessante para estudo, pois dentro dela há uma montanha com depósitos em camadas, erguendo-se a 4.800 metros - o dobro da altura das camadas que formam o Grand Canyon, nos EUA.
A base da cratera possui argila, evidência de um ambiente úmido prolongado, disse o cientista planetário John Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da Califórnia e cientista-líder da missão principal. A água é considerada um elemento chave para a vida, mas não o único. Sondas marcianas anteriores apenas procuraram sinais de água na superfície.
Já com a "Curiosity", a Nasa muda seu foco para procurar outros ingredientes para a vida, incluindo o carbono.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Lançamento da Sonda Curiosity será amanhã


Adiado em um dia o
lançamento do maior jipe-robô já enviado ao espaço pela NASA. O lançamento será amanhã dia 26 de novembro, ás 13h02 (horário de Brasília), no Cabo Canaveral, na Flórida.

Denominado de Curiosity, o jipe-robô avaliado em US$ 2,5 bilhões, é equipado com câmeras de vídeo e um kit móvel de ferramentas para analisar o solo e as rochas de Marte. Além de tudo isso, o Curiosity possui seis rodas, câmeras que simulam a rotação dos olhos, um laboratório embutido, brocas e feixes de laser.

Em sua missão no planeta vermelho, o jipe-robô explorará a Cratera Gale, como já havíamos informado aqui neste site, onde se concentrar uma enorme variedade de solos e uma pequena montanha que irá oferecer a Curiosity uma oportunidade de escalar e assim analisar amostras de solo em diferentes altitudes.

A viagem da Curiosity será de 570 milhões de quilômetros entre a Terra e Marte, percurso esse que levará cerca de oito meses e meio para ser percorrido, antes de sua chegada ao planeta vermelho que será no mês de agosto de 2012. Mas com tudo isso, a principal missão do jipe-robô será a verificação de existência de vida em Marte.

 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Como fazer Pós-Graduação Gratuita, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado

Quem já é graduado em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC tem o direito de fazer uma Pós-graduação.

 

Você pode fazer dois tipos de pós-graduação grátis:

·                     lato sensu: Eles tem objetivo de aprimorar você profissionalmente em especializações e atualizações. A nomenclatura comum utilizada é a sigla em inglês MBA (Master Business Administration, ou Mestre em Administração de Negócios, em tradução livre). Apesar do nome ele não é considerado como um mestrado, como nos EUA.

·                     stricto sensu: Este sim é o mestrado e doutorado, com objetivo de formar pesquisadores e professores universitários. A meta principal deste tipo de pós-graduação é o incentivo ao desenvolvimento científico.

 

Há vários caminhos para você conseguir concretizar a sua pós graduação gratuita:

 

1. CAPES

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior é um braço governamental da pós graduação gratuita exclusivamente stricto sensu. Pela CAPES você pode conseguir bolsas de estudos para desenvolver pesquisas e fazer mestrado e doutorado. As bolsas de estudos da CAPES para mestrado partem dos R$ 1.400 ao mês, para doutorado R$ 1.800 e para pós-doutorado R$ 3.200. Para mais informações veja aqui.

 

2. CNPq

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico também é uma via do governo para o desenvolvimento do conhecimento científico. As bolsas de estudo CNPq para a sua pós graduação grátis tem valores parecidos com os da CAPES, mas para doutorado e pós-doutorado incluem uma taxa de bancada de R$ 400 por mês. Este dinheiro pode ser utilizado para adquirir livros e viajar para congressos. Veja detalhes aqui.

 

3. FINEP

A Financiadora de Estudos e Projetos, FINEP, fomenta o desenvolvimento tecnológico, científico e empresarial e realiza o financiamento para tanto para instituições quanto para estudantes em diversas modalidades permitindo a realização de pós graduação gratuita. Saiba mais aqui.

 

4. Fapesp

AFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo tem propósitos parecidos com os das instituições acima, mas também possibilita a realização da pós graduação grátis de maneiras distintas, mas limitado ao estado de São Paulo. Para mais detalhes visite aqui.

 

5. Mais Estudo

É uma empresa privada que fornece bolsas de estudos parciais. Não permite pós graduação gratis, mas financiam parte dos estudos. Com parceirias realizadas com faculdades e universidades particulares a Mais Estudo completa as vagas ociosas nos bancos das universidades ampliando a receita da instituição e diminuindo o custo para o aluno. Veja aqui.

 

6. Bancos

A grande maioria dos bancos tem programas de financiamento estudantil. Eles pagam parte ou toda a sua pós-graduação e você devolve o dinheiro com juros quando já estiver exercendo a profissão, depois de formado, com juros.

O nosso propósito foi enumerar as principais vias de acesso a uma pós graduação gratuita, mas certamente há outras instituições que fomentam o desenvolvimento dos estudos que poderiam te ajudar caso esteja procurando se especializar e atualizar.

 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Nasa diz que corte no orçamento pode atrasar viagens à ISS até 2017

O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, disse que um corte no orçamento poderia atrasar as viagens operadas por empresas privadas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) até 2017.

Perante o iminente anúncio de cortes nas agências federais pelo elevado déficit público dos Estados Unidos, Bolden destacou em uma subcomissão do Senado que um financiamento insuficiente do programa de naves espaciais comerciais poderia atrasar o início dos voos.

Desde que a Nasa aposentou seus ônibus espaciais no último mês de julho, os EUA não contam com uma nave própria para suas viagens à ISS, um laboratório internacional do qual participam cinco agências espaciais que representam 16 países. Agora são as naves russas Soyuz, com menor capacidade, as que transportam os astronautas e os EUA têm que pagar por um lugar a bordo.

O plano é que as empresas privadas construam as naves para transportar os astronautas americanos à ISS, enquanto a Nasa se concentra em desenvolver um veículo que permita viagens além da órbita terrestre baixa.

Por isso reduzir os fundos poderia afetar "significativamente" o calendário do programa e a estratégia de aquisição, ressaltou Bolden, garantindo que um nível de despesas de US$ 500 milhões anuais para o programa, como o previsto para o ano fiscal de 2012, "atrasaria a capacidade inicial à ISS até 2017".

De fato, segundo lembra o jornal Flórida Today, este ano só foram aprovados US$ 406 milhões para este programa, enquanto a Nasa havia solicitado US$ 850 milhões.

Bolden lembrou que a Nasa está trabalhando na "nova geração" do sistema de voo espacial tripulado com o desenvolvimento da cápsula Orion e do Sistema de Lançamento Espacial, que permitirá aos astronautas viajar além da órbita terrestre "pela primeira vez desde a missão lunar da Apolo 17 de dezembro de 1972".

A Nasa prevê realizar uma prova de voo não-tripulado com a Orion e o SLS em 2017, e prevê que a primeira missão tripulada aconteça em 2021.

 

Poderoso raio-X vai monitorar o centro da Terra

 

Ao longo do tempo, a ciência já aprendeu muito sobre terremotos, campo magnético e outros fenômenos que têm origem nas camadas mais baixas do planeta. Mas o centro da Terra, em muitos aspectos, ainda é um mistério para os pesquisadores. Em busca de novas descobertas, uma entidade europeia criou um potente equipamento para sondar o que há muito abaixo de nós.

Os métodos mais eficientes para estudar o centro da Terra, até hoje, são simulações feitas em laboratório. É dessa maneira que os cientistas tentam recriar o modo como os metais se comportam no núcleo do planeta. Mas a Instalação Europeia de Radiação Sincrotônica (ESRF, na sigla em inglês) resolveu ir mais a fundo nessa questão.

Na última semana, foi inaugurado o ID24. Trata-se de um poderoso aparato de raio-X que custou 245 milhões de dólares (cerca de 433 milhões de reais, na conversão atual) aos cofres da instituição. O objetivo do ID 24 é sondar, a partir de oscilações eletromagnéticas no núcleo da Terra, como os metais interagem sob as condições de temperatura e pressão encontradas lá.

A radiação permite que os cientistas cheguem a respostas mais precisas. Basta observar o modo com os raios-x são absorvidos por diferentes matérias para fazer um detalhado mapeamento do que há em determinada região. Cada átomo “capturado” pela radiação do ID24 permitirá uma simulação mais avançada do que as que acontecem em laboratórios na superfície.

A partir de 2.400 quilômetros abaixo da superfície terrestre (distância que o ID24 alcançará com facilidade), as condições de fusão de determinados metais já são desconhecidas pelos cientistas. Uma maior compreensão desses processos, conforme explicam os pesquisadores, aumentará nosso conhecimento sobre o magnetismo no planeta.

 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SNCT COPPE/UFRJ - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – Tecnologias verdes foram a atração

 

Futuras usuárias das tecnologias que utilizam energia limpa, as crianças foram os visitantes mais empolgados da exposição Tecnologia para um futuro sustentável, promovida pela Coppe/UFRJ, de 19 a 23 de outubro, no Jardim Botânico. O evento, que fez parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), atraiu centenas de pessoas ao estande.

Nos cinco dias de exposição, centenas de crianças passaram pelo estande de 120 m2 da Coppe. Levadas pelos pais ou participando de passeios promovidos pelas escolas, as crianças puderam ver de perto tecnologias desenvolvidas pela Coppe, que poderão ajudar o Brasil a crescer e produzir riquezas reduzindo o impacto no meio ambiente. (Confira o vídeo sobre o evento)

 

 

A instalação multimídia da Usina de Ondas do Pecém, que produz energia elétrica a partir do movimento das ondas do mar, foi uma das atrações mais impactantes do estande da Coppe no Jardim Botânico. "Gostei dali", disse o pequeno Vinícius, 5 anos, apontando para as enormes telas que mostravam as imagens das ondas e dos braços que compõem a Usina de Ondas. Instalada no Porto do Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza, a usina é um projeto da Coppe, financiado pela Tractebel Energia S.A., dentro do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com apoio do governo do Ceará.

As imagens do mar, o som das ondas e os ventos da região, simbolizados por um sistema interligado de som, luz e ventilação, recriaram a atmosfera da região, onde a usina, que deverá ser inaugurada no início de 2012, está sendo implantada. Um conjunto tão real que conquistou os visitantes, sobretudo os menores, como Laura Saraiva, de 3 anos, que não se cansava de tirar fotos perto do telão com imagens do mar.

Mas não eram só as crianças que ficavam vidradas com as imagens e os cenários montados para a exposição. "O cenário da usina de ondas é muito impactante. As crianças logo se apaixonam", disse o arquiteto Marcello Magdaleno, 41 anos. "A forma de difusão do conhecimento foi muito bem elaborada" disse.

 

Um trem que levita sobre trilhos

 

Os visitantes ficavam surpresos ao descobrirem as tecnologias desenvolvidas no Brasil. Além da Usina de Ondas, a Coppe também levou para a mostra os projetos do ônibus a hidrogênio; do trem de levitação Maglev Cobra, e a contribuição da instituição para viabilizar o uso do biodiesel no país.

Primeiro trem de levitação magnética desenvolvido no Brasil, o Maglev Cobra foi outra das atrações exibidas na exposição. O veículo, que dispensa a utilização de trilhos e rodas, parece flutuar de forma silenciosa. Suas vantagens são várias: o Maglev é veloz – poderá desenvolver velocidade de até 70km/h – e não é poluente. Além disso, o veículo é um dos mais eficientes em termos de consumo de energia: seu consumo de energia elétrica é de 25 kJ (unidade que mede a quantidade de energia gasta para transportar cada passageiro) por pessoa a cada quilômetro. Bem menos do que o consumo de um ônibus (400 kJ) e o de um avião (1200 kJ).

 

 

Uma das maiores vantagens do Maglev sobre os outros meios de transporte, entretanto, é a economia. O custo de implantação desse sistema, por quilômetro, é estimado em R$ 33 milhões. Cerca de um terço dos R$ 100 milhões necessários para cada quilômetro construído de um metrô subterrâneo no Rio de Janeiro.

A professora aposentada Ivete Duna, 70 anos, também ficou entusiasmada com os projetos. "A exposição está maravilhosa. Elucidativa e muito didática. As explicações foram bem diretas e qualquer um pode entender", disse. "Vimos a nota no jornal e viemos conhecer o trem de levitação. Foi uma surpresa muito boa conhecer os outros projetos", afirmou. Ao lado de Ivete, o comerciante Carlos Alberto Magno, 65 anos, não escondia seu espanto pelo fato de o projeto ainda não estar nas ruas. "Não consigo entender porque o Maglev ainda não está funcionando. O projeto já poderia estar implantado no Rio, na Barra da Tijuca, no lugar do Metrô", afirmou.

 

Vidros coloridos de biocombustíveis e ônibus a Hidrogênio instigaram a curiosidade das crianças

 

 

Outro projeto que chamou a atenção de quem visitou a exposição foram as diferentes tecnologias para produção de biodiesel pesquisadas pela Coppe. Entre as matérias-primas utilizadas estão o óleo de dendê, sebo bovino e óleo de fritura descartado por residências e restaurantes. Também foi apresentado o projeto piloto, realizado na estação de tratamento de esgoto de Alegria, da Cedae, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro, que estuda a produção de diferentes tipos de biocombustíveis – biodiesel, bio-óleo, biocarvão e biogás – provenientes da escuma do esgoto.

 

 

A Coppe também levou para a exposição o ônibus a hidrogênio, o primeiro do gênero produzido no Brasil com tecnologia 100% nacional. Um veículo híbrido elétrico, que pode ser alimentado de três formas diferentes e complementares: por uma tomada ligada à rede elétrica tradicional, por uma pilha a combustível (hidrogênio), ou através da energia gerada por meio da regeneração da energia cinética dos freios. O resultado é um um veículo que pode desenvolver a mesma velocidade de um ônibus convencional, com as vantagens de ser silencioso, possuir eficiência energética maior que a dos ônibus a diesel e emissão zero de poluentes, já que o único resíduo é vapor d'água.

 

 

"A população não sabe que as pesquisas estão tão avançadas assim. Espero que essas tecnologias estejam disponíveis o mais rápido possível, uma vez que é preciso reduzir a emissão de gases poluentes. A situação do planeta é preocupante", afirmou a advogada Anamaria Monteiro de Castro, 41 anos. "Espero que daqui a alguns anos essas tecnologias estejam disponíveis. Temos que aproveitar o potencial que a natureza nos deu", afirmou a nutricionista Maslowa Gama, 25 anos, que seguiu as explicações dos monitores de cada um dos projetos.

Além da exposição, a Coppe participou, dia 20 de outubro, da série de palestras "Conversas no Jardim", promovida pelo Jardim Botânico. O pesquisador Moacyr Duarte, do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental (Garta) da Coppe, proferiu a palestra Eventos climáticos extremos: riscos e prevenções. Também participaram os especialistas Carlos Alberto Muniz, do Inea; e Bruno Rosado, do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico.

A Coppe também esteve presente nas atividades da SNCT na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão. No saguão do prédio da Reitoria foi exibida uma instalação sobre a usina de ondas, entre os dias 19 e 21 de outubro. A Coppe também fez demonstrações de experimentos referentes a tecnologias desenvolvidas na instituição, no Espaço Coppe Miguel de Simoni, onde foi exibido o processo da supercondução empregado no trem de levitação magnética Maglev Cobra.

Crianças, jovens e adultos, não importa a idade, tiveram a oportunidade de conhecer, por meio de uma linguagem acessível, as tecnologias de transporte que vão estar nas ruas e as alternativas de energia limpa que movimentarão a vida dos brasileiros nos próximos anos. A SNCT provou que a informação sobre ciência e a tecnologia está ao alcance de todos.

 

Oceano abaixo de uma das luas de Júpiter?

 

Publicação desta semana da revista científica Nature, nos informa de acordo com pesquisa liderada pela cientista Britney Schmidt, que a fortes indícios de existência de água em seu estado líquido abaixo da superfície da lua Europa de Júpiter.

Os cientistas acreditam que há um vasto oceano abaixo de uma camada grossa de gelo e sendo assim, como todos nós sabemos que vários cientistas há anos procuram algum lugar nesse espaço para possível existência da vida humana caso seja necessária uma migração algum dia ou até mesmo a existência de outras espécies de vidas nesses planetas e luas pesquisados.

Os dados foram coletados pela sonda espacial Galileu, lançada ao espaço em 1989 e até hoje vasculha lugares ainda não visitados pelo homem. Europeus e americanos estão se preparando para novas missões para a Lua de Júpiter.

De acordo com as informações, europeus e norte-americanos estão preparando novas viagens ao espaço ainda para esta década, ou o início da próxima.

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Nasa pretende formar nova geração de astronautas em 2013

A agência espacial americana, Nasa, pretende contar com uma nova geração de astronautas para retomar a frente mundial na exploração do espaço. O projeto de liderança incluiria também chegar até um asteróide, retornar à Lua e pisar em Marte em um prazo de apenas 20 anos.
O diretor geral, Charles Bolden, pretende anunciar oficialmente a convocação nesta terça-feira, para as vagas do curso de astronautas de 2013.  A ação será feita em Washington, onde o diretor estará acompanhado de cinco alunos da turma de 2009.
Os primeiros alunos do corpo de astronautas da Nasa foram selecionados em 1959, antes do início das operações dos voos espaciais. Desde então, a Nasa selecionou mais de 20 grupos de astronautas e se prepara para recrutar o grupo da turma de 2013.

Requisitos para aprovação

Para serem aprovados, os candidatos devem ser cidadãos americanos e maiores de idade. Os selecionados vão participar dos mais modernos programas de prospecção da Nasa, com missões além da órbita terrestre baixa.
Outro ponto fundamental para entrar no programa é a formação acadêmica. Caso o candidato não seja piloto formado, deve ter uma titulação superior de uma "instituição credenciada" em Engenharia, Biologia, Física ou Matemática, com pelo menos três anos de experiência profissional. Caso o candidato tenha feito um mestrado, será levado em conta.
Fisicamente, é necessário que o candidato tenha uma estatura entre 1,57 e 1,90 metros, visão perfeita e uma pressão sanguínea que não ultrapasse140/90 milímetros de mercúrio.
Não há determinações para limite de idade, porém o histórico aponta para uma variável entre 26 e 40 anos.

Treinamento

Após serem aprovados em uma revisão preliminar, os candidatos, que  podem ser civis ou militares, passam por uma semana de entrevistas pessoais e exames médicos. Mesmo aprovados nessa etapa, não há garantia de que serão astronautas.
Os candidatos passam para o treinamento no Centro Espacial Johnson em Houston, com duração de dois anos, onde deverão sobreviver a condições extremas da natureza, além de cargas intensas de mergulho, nado e mudanças repentinas de pressão.
Aprovados como astronautas, os indicados passam a ser funcionários federais e têm um compromisso com a Nasa de permanecer, pelo menos, cinco anos. Os que não forem escolhidos já nesta etapa ainda podem fazer parte da agência em outros postos.
 
Projetos da agência espacial

A Nasa garantiu que continuará trabalhando na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), um projeto internacional do qual participam 16 países. Ainda assim, passa a tratar o envolvimento como uma preparação para os trabalhos posteriores.
Os novos astronautas vão ser preparados para viajar a bordo da Orion, o veículo polivalente que foi formulado com a tecnologia necessária para levar os astronautas além da órbita terrestre, o que marcaria o início de uma nova era da exploração espacial.
Após a aposentadoria dos ônibus espaciais, a Nasa iniciou uma nova geração de naves, de maior capacidade, potência e resistência, para as quais estes astronautas serão direcionados.

 

 

Importante Laboratório privado cancela programa com células-tronco

A empresa de biotecnologia americana Geron cancelou o primeiro teste clínico de um tratamento contra a paraplegia baseado em células-tronco embrionárias humanas devido a seu alto custo, e decidiu se concentrar em dois novos remédios contra o câncer.

O cancelamento do teste clínico, que buscava tratar da paraplegia provocada por lesões na medula espinhal, também levou a empresa com sede na Califórnia a demitir 66 funcionários, ou 38% de seu quadro de pessoal.

"Geron planeja acabar com o recrutamento de voluntários para os testes clínicos do GRNOPC1 dedicado ao tratamento de lesões na medula espinhal", destaca o site da empresa.

"Mas a Geron tem a firme vontade de continuar com o acompanhamento dos pacientes que já participaram deste estudo, recopilando dados e informando à FDA (agência de medicamentos e alimentos dos EUA) e à comunidade médica sobre seus progressos".

"O tratamento foi bem tolerado e não houve efeitos colaterais graves", disse John Scarlett, presidente-executivo da Geron. "A decisão de interromper nossas atividades com células-tronco foi muito difícil porque nossos programas de pesquisas e nosso sucesso neste campo são amplamente reconhecidos e os mais avançados do mundo".

"No contexto atual de falta de recursos e de condições econômicas incertas, temos a intenção de concentrar nossos recursos na fase 2 de testes clínicos do Imetelstat (GRN163L) e do GRN1005, dois novos tratamentos experimentais promissores contra o câncer".

Scarlett destacou que a Geron está "em busca de sócios que tenham recursos técnicos e financeiros para permitir a retomada do programa com células-tronco", que manterá um pequeno grupo de funcionários até o segundo trimestre de 2012.

O primeiro teste clínico com células-tronco embrionárias humanas teve início em outubro de 2010 e incluiu dez voluntários.

Atualmente outra empresa americana também atua no ramo da biotecnologia com células-tronco, a Advanced Cell Technology, de Boston, que começou o seu trabalho poucos meses depois da Geron.