sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Prêmio Nobel de Química 2011

Quasicristais rendem Prêmio Nobel de Química

 
Os cristais são formados por estruturas atômicas padronizadas, que se repetem ao infinito.
Nos quasicristais, essa estrutura é aperiódica, e foi a descoberta desses quasicristais, um rico mosaico de átomos, com estruturas que nunca se repetem, que rendeu o Prêmio Nobel de Química ao cientista israelense Dan Shechtman.
Como essa estrutura era considerada impossível pelo saber da época de sua pesquisa, Shechtman foi ridicularizado, teve seu trabalho recusado pelas revistas científicas e até expulso de seu grupo de pesquisa em abril de 1982.
Mesmo assim Shechtman não desanimou e acabou convencendo outros cientistas da área de que suas descobertas eram reais. Somente quando esses cientistas viram os dados e aceitaram assinar o artigo científico junto com ele é que seu trabalho foi publicado.
Agora, quase trinta anos depois, ele recebeu o Prêmio Nobel de Química 2011 pela sua descoberta.
Os mosaicos aperiódicos descobertos por Shechtman nos então são regulares, pois seguem as regras matemáticas, mas nunca se repetem.
Eles seguem a chamada proporção áurea, ou proporção divina, usada na arte e presente em muitos outros lugares na natureza, como nas conchas dos moluscos, nas colmeias das abelhas e até mesmo no ser humano.
Os quasicristais já têm várias aplicações tecnológicas, incluindo novas formas de sinterização do aço, que o tornam extremamente duro, e peças que dispensam a lubrificação através da redução dos seus pontos de atrito.

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