terça-feira, 11 de outubro de 2011

Adeus Steve Jobs!


  
A morte do ex-diretor executivo da Apple Steve Jobs ocorrida na última quarta-feira (05/11) está sendo lamentada em todo o mundo.
Considerado um visionário, um mito, que mudou a forma como lidamos com os computadores e com a tecnologia, ele imprimiu sua marca com produtos como o iPhone e iPad.
Em 2004, Jobs foi diagnosticado com câncer de pâncreas e, entre janeiro e junho de 2009, ficou oficialmente afastado da Apple por seis meses, quando se submeteu a um transplante de fígado.
Jobs foi um dos fundadores da Apple em 1976. Desde então, a fabricante de aparelhos eletrônicos tem-se destacado pela inovação no concorrido mercado de tecnologia e se transformou na segunda empresa de maior valor de mercado do mundo.
O comunicado da empresa que ele criou diz que "a Apple perdeu um visionário e um gênio criativo e o mundo perdeu um fantástico ser humano. Os que foram sortudos o suficiente para conhecer e trabalhar com Steve perderam um amigo querido e um mentor inspirador. Steve deixa para trás uma empresa que apenas ele poderia ter criado. E seu espírito será sempre a base da Apple."
Jobs era considerado a força criativa que levou a Apple a tornar-se a segunda empresa mais valiosa do mundo, avaliada em US$39,3 bilhões, perdendo apenas para o Google.
Graças a produtos inovadores e altamente populares, como o iPod, o iPhone e, mais recentemente, o iPad, a Apple tornou-se uma das marcas mais cobiçadas pelos consumidores em todo o planeta.
A criação do computador é um dos marcos econômicos mais importantes do século 20. Steve Jobs estava no centro dessa revolução. Na verdade, para muitos, Jobs era uma espécie de 'Che Guevara' da revolução dos computadores pessoais. Um líder obstinado, implacável e com um carisma imenso. Suas apresentações de novos produtos são lendárias. Sua palestra em Stanford em 1995 é uma das mais conhecidas da internet.
Jobs não inventava, ele era a locomotiva que transformava inventos que encontrava ou que achava serem possíveis em produtos desejados. Foi ele que empurrou Steve Wosniak para criar um computador barato e simples que todos queriam ter em casa, o Apple II, a semente para tudo que veio depois. Wosniak era o cérebro, Jobs o coração.
Criada a Apple, Jobs garantiu que ela seria uma empresa única. Nunca permitiu que fosse copiada ou que seus produtos se transformassem em commodity. Ele não queria só dominar o mercado, queria definir o mercado. Foi Jobs quem lançou o Apple MacIntosh, agora 'Mac' para os íntimos.
Com o Mac, nós aprendemos a clicar. Com um comercial lendário baseado no livro 1984, o Mac se tornou em uma noite o símbolo da resistência à computação sem graça. Era o computador dos artistas, de quem era cool. Mais tarde, despedido - sim, alguém, um dia, teve coragem de despedir Steve Jobs -, ele resolveu que não ia se deixar abater e criou duas empresas: a NeXT, com um computador lindo, que é a origem do novo Mac OS, e a Pixar.
Como se não bastasse saber fazer computadores, Jobs provou que computadores podiam fazer animação de altíssima qualidade. Toy Story, o primeiro longa-metragem dos estúdios Pixar e pioneiro na aplicação da computação gráfica no cinema é um marco que mudou o mercado de animação. Tanto a NeXT quanto a Pixar foram compradas, a primeira pela própria Apple e a segunda, pela Disney, que de 'professora' virou 'aluna' no quesito animação.
E Jobs voltou para uma Apple falida para lançar no mercado uma sequência de produtos e conceitos que terão impacto por anos: computadores com design fantástico, iPods de vários tamanhos, iTunes Store, iPhone e iPads.
Seu segredo? Jobs não inventava, inovava. Tudo já existia, mas não daquele jeito, não com aquele design, não com aquele charme. Jobs parecia ser a única pessoa da indústria que transformava tecnologia em moda, gadgets em objetos de desejo. Seus produtos são fáceis de usar e difíceis de largar.

“Quando me perguntaram se o mundo vai parar porque Jobs se foi, eu tive que dizer que não, o mundo continua a rodar, mas certamente perdeu um pouco da sua graça”. (Geraldo Xexéo – Planeta Coppe)

Adeus Steve Jobs!

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